quinta-feira, 17 de junho de 2010

Fronteiras e limites do design...



Uma palavrinha que temos evitado usar aqui é a tal da "inspiração". Isso porque não consideramos que designers sejam como os artistas, que trabalham de forma mas livre e autoral, e sim que na execução de suas tarefas diárias, utilizam-se de métodos e portanto a expressão "referências" é mais indicada para designar a fonte criativa, no nosso caso.
Mas e quando a fonte de "inspiração" não autoriza a "homenagem"? A marca espanhola Zara resolveu usar como referências as blogueiras ícones do mundo fashion. A primeira foi a Betty – do “Le Blog de Betty” – numa ilustração de sua foto em uma camiseta da linha TRF. Mais recentemente Louise Ebel, do Miss Pandora teve sua imagem reproduzida em uma peça da grife sem autorização. Betty decidiu apenas boicotar a loja, mas Ebel por sua vez contou em seu blog que já acionou seu advogado.
Para nós, designers, fica a reflexão. As fontes de referências devem ser sempre lembradas, citadas e até mesmo remuneradas. Design é nosso trabalho e a ética, como em qualquer outro, deve prevalecer. Basear-se na obra ou na imagem de alguém requer muito cuidado. O referenciado pode até gostar da homenagem e nem fazer questão de remuneração, mas não vale o risco de expor-se sem no mínimo uma autorização.
Por Maíra Paiva

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